Acervo
Museológico
O acervo do Museu Forte Defensor Perpétuo é bastante diverso, englobando peças relacionadas ao forte e seus usos militares, artefatos oriundos da cultura tradicional e das artes populares das comunidades paratienses e objetos relacionados a outros contextos históricos de Paraty.
Centro de Artes e Tradições Populares e do Modo de Fazer
As coleções do Centro de Artes e Tradições Populares e do Modo de Fazer são integradas por peças relativas aos usos, práticas e saberes das comunidades tradicionais de Paraty – artefatos de pesca, música, cestaria e miniaturas, e integram a exposição permanente do museu no Salão Central. Boa parte deste acervo foi restaurada em 2021.
Estrêla do Norte, Miniatura de traineira, madeira policromada, Séc. XX
Outras miniaturas
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Miniatura de avião, madeira, séc. XX.
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Miniatura de avião, madeira, Séc. XX
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Miniatura de moenda, madeira, Séc. XX
Artilharia
A artilharia exposta na Praça de Armas é composta em sua maioria por canhões de ferro fundido, calibre 12 libras, forjados na Grã-Bretanha durante a segunda metade do século XVIII. Após as Guerras Napoleônicas (1799-1815), os canhões teriam sido vendidos para o Brasil para compor a artilharia de diversas fortificações do país. Apenas um canhão se encontra fora deste contexto, já que provavelmente foi fabricado ainda no século XVII.
Canhão de 6 libras (6P) padrão Armstrong
Canhão de 6 libras (6P) padrão Armstrong
Esta peça, apesar de ser do modelo regulamentar das forças armadas inglesas, com o brasão de um dos Reis Jorge gravado no 2o Reforço, não tem a marca de aceitação do governo, a “broad arrow”, uma seta que era colocada em todos os canhões testados pelo governo. Uma peça com este comprimento – seis pés em medidas arcaicas – não era mais usada na Inglaterra no século XIX, o que nos leva a crer que tenha sido feita no governo do Rei Jorge 2 (1740-1760). Supomos que a marca no munhão direito, uma letra “C” ou “G”, seja na verdade um “G”, referente a um fabricante não identificado, mas do qual existem diversos canhões em outros fortes no Brasil. Os números 16-1-7 referem-se ao peso do canhão, 16 quintais, 1 arroba e 7 libras, o que é equivalente a 974 kg.
A marca “WP” deste canhão não é da fábrica de Woolwich, e sim uma falsificação do século XVIII: os canhões ingleses, fabricados como empreendimentos especulativos pelas fundições, eram enviados para uma casa de testes (proofhouses), onde eram sujeitos a uma análise visual e uma usando um “rascador”, um aparelho pontiagudo, na extremidade de uma haste, que buscava defeitos na alma das peças, especialmente orifícios na alma, causados por bolhas de ar. Finalmente, eram carregado com uma carga reforçada de pólvora e disparados, para verificar se eram suficientemente resistentes. Se fossem aprovados, receberiam a marca da casa de testes. Na eventualidade de serem rejeitados, os canhões seriam marcados com uma letra “X” e devolvidos ao fabricante, que arcaria com os prejuízos – só que esses empreiteiros aproveitavam a marca, modificando-a para se parecer com as letras WP, o que daria uma legitimidade para a peça, permitindo sua venda no comércio exterior, o que é o caso do canhão do Forte Defensor Perpétuo.
Casa da Pólvora
A Casa da Pólvora, construção peculiar situada atrás do prédio principal, abriga amostras de um dos grandes patrimônios da tradição local: as canoas caiçaras feitas com troncos de árvores.
Registro da Casa da Pólvora mostra canoa caiçara em exposição
Acervo Histórico
Os grandes tachos para a produção de açúcar, situados no Salão Central, foram fabricados em Low Moor, nos arredores de Bradford (norte da Inglaterra), em fins do século XVIII. Seu contexto era o da fabricação de melado, açúcar e aguardente num engenho colonial em Paraty-Mirim.
Registro dos tachos de cobre expostos
Da mesma fazenda se juntaram ao acervo do museu outras peças históricas de Paraty, como o tronco de escravos, o carro de boi e os tambores de Candombe mineiro. Estes últimos são testemunhos históricos do intercâmbio cultural afrodescendente através do Caminho do Ouro durante os séculos XVIII e XIX.
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Miniatura de avião, madeira, séc. XX.
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Miniatura de moenda, madeira, Séc. XX
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