Sonoro e
audiovisual

Desde a realização do projeto Paraty Ciranda, desenvolvido em 2012 através de edital da Secretaria Estadual de Cultura do Rio de Janeiro, em parceria do Museu Forte Defensor Perpétuo com o Instituto Colibri, a equipe técnica do museu vem adquirindo um rico acervo sonoro sobre a cultura de Paraty, sobretudo através da digitalização de fitas-cassete oriundas de coleções particulares. 

Neste contexto, gravações de campo dos anos de 1970 da coleção pessoal do diretor dos museus de Paraty, Julio Cezar Neto Dantas, foram recuperadas e restauradas para integrar o acervo online do projeto Paraty Ciranda. Registros de valor cultural inestimável das apresentações musicais em festividades caiçaras, como o Chiba-Cateretê, a Dança do Caranguejo e a Dança do Chapéu, puderam desta forma ser resgatados de suas antigas mídias físicas e publicados para amplo acesso. No mesmo projeto, também foram digitalizadas faixas de um compacto em vinil de 7” com gravações de ciranda caiçara realizadas em 1975. 

Vídeos produzidos através do projeto Paraty Ciranda também integram nosso Acervo Sonoro e Audiovisual, trazendo entrevistas com cirandeiros e outras pessoas relacionadas à ciranda e à cultura caiçara de Paraty. 

Além das gravações resgatadas pelo projeto Paraty Ciranda, outras coleções pessoais de fitas-cassete de interesse cultural e histórico foram posteriormente digitalizadas pela equipe do museu, como as gravações de entrevistas com os artesãos e artesãs que compõe a exposição permanente O Modo de Fazer, realizadas por Marcos e Rachel Ribas em 1982. Este acervo em áudio vem se somar ao acervo fotográfico e ao acervo museológico da exposição, que registra uma espécie de passo-a-passo para a confecção de peças típicas da cultura tradicional paratiense, como as canoas caiçaras, artefatos de pesca, música, miniaturas e cestaria.  

Entrevistas e gravações de campo relativas às festas religiosas da cidade foram digitalizadas a partir do acervo de fitas-cassete da pesquisadora Marina de Mello e Souza. As gravações serviram de fonte para a redação de seu livro Paraty: a cidade e as festas. Também no contexto das festas religiosas, outras gravações de campo foram resgatadas do acervo de Julio Cezar Neto Dantas, como a Dança Jardineira e a Dança das Fitas. 

Integram ainda o Acervo Sonoro e Audiovisual do museu produções curtas relativas a registros de eventos realizados no Forte, como as oficinas de Jongo do Quilombo do Campinho.